Alcoolismo não é um diagnóstico aceito por muitas pessoas com esse problema. Afinal tratamos o beber da cerveja, do vinho, da caipirinha como sendo parte do nosso divertimento. Beber está atrelado ao ‘happy hour’, churrasco, diversão, férias. Não por menos, até a ideia de estar leve, alegre pela bebida é considerado normal pela vida social. Vida social que é mediada pela TV. A TV possui um papel muito grande na cultura de beber e acaba, também, sendo uma influenciadora para as pessoas que sofrem com o alcoolismo.

Pessoas que sofrem pelo alcoolismo, frequentemente desenvolvem rotinas rígidas que giram em torno do acesso ininterrupto ao álcool e outras drogas; eles podem ficar irritados com mudanças de horário e culpar outras pessoas por sua frustração. Assim, eles podem ter fortes oscilações de humor que parecem mudar sua personalidade. Consequentemente, os relacionamentos podem se deteriorar à medida que seu círculo social se reduz a outros usuários de drogas ou álcool.

O transtorno do alcoolismo afeta milhões de pessoas, mas geralmente não é detectado. O uso de substâncias frequentemente ocorre simultaneamente com a doença mental, mas algumas pesquisas sugerem que os psiquiatras tratam o vício apenas para cerca de metade dos pacientes que têm doenças mentais e problemas com o uso de substâncias. Essa discrepância destaca os obstáculos no atendimento ao vício, como o fato de os médicos não estarem cientes dos sinais do uso de substâncias ou não querer alienar os pacientes trazendo-o à tona, e os pacientes podem não querer revelar seu uso de substâncias, entre outros obstáculos.